sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Conto Forense

Dois grandes terapeutas que litigavam sobre a autoria de determinada tese científica se encontram no saguão do fórum, minutos antes da audiência. O aperto de mãos hipócrita de forma alguma ocultava o sentimento hostil que nutriam um pelo outro. A erudição de ambos era, agora, única fronteira a impedir que a contenda ingressasse o plano da agressão física. Por essa mesma razão o litígio veio a instaurar-se no plano puramente psíquico. E o primeiro golpe fora desferido:

–Contratei um advogado imbatível. Seria melhor você desistir da ação agora mesmo e evitar o constrangimento da derrota. – Disse o psicólogo que havia chegado antes ao local da audiência.

–Duvido que o seu advogado seja melhor que o meu. Ele é portador de Transtorno Obsessivo Compulsivo e de uma série de outras enfermidades que o tornam uma máquina de advocacia. Nunca imprime uma petição que não esteja realmente perfeita. Conta até o número de linhas de cada página para alcançar a simetria ideal do texto.

–Pois o meu advogado é psicótico-narcisista. Não aceitará outro resultado que não a vitória. Levará esta ação para o lado pessoal e, certamente, não vai se contentar em vencê-la. Vai tentar destruir a sua carreira e a de seu advogado.

–O meu advogado possui Q.I. 187 e um quadro avançado de esquizofrenia paranoide e mania de perseguição. Não vai dormir até rebater com a mais absoluta veemência todos os pontos da tese defensiva do seu advogado!

–Já o meu advogado teve uma infância infeliz e encontrou nos livros o substituto ideal para os amiguinhos que não tinha. Isso o tornou incrivelmente erudito!

–Ah, mas o meu advogado era ignorado pelo pai e pela mãe o que tornou carente de atenção e de afeto. Por esta razão ele se esforça muito mais no trabalho afim de obter o reconhecimento que não obteve quando criança!

–Mandei meu advogado parar de tomar lítio há três semanas para que ele viesse a essa audiência absolutamente furioso!

–E eu disse que para o meu que se ele perdesse essa causa, eu não seria mais seu amigo!

–E eu...

Nesse momento, os dois homens percebem que uma multidão acompanhava a discussão, inclusive seus defensores.

Diante do entrevero que se formou a audiência foi cancelada. A próxima ocasião em que ambos os psicólogos se encontraram também foi uma audiência: a da ação de danos morais que os causídicos moveram contra eles por revelarem suas intimidades que deveriam estar sob sigilo profissional. Então, o terapeuta que outrora movera a ação contra o colega aproxima-se do mesmo e indaga:

–E agora? O que faremos?

–Ora, não se preocupe. Os juízes nunca fixam indenizações em mais do que alguns salários mínimos e honorários são sempre arbitrados em valores irrisórios.

E o outro, perplexo, responde:

–Isso, sim, é loucura!!!

fonte espaço vital

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

A relatividade da lei no Brasil

Vocês já repararam como a lei é relativa no Brasil? Depende quem é o infrator.
Se o um cidadão comum, cumpridor de seus deveres cívicos, comete qualquer ato ilegal do tipo- matar alguém, roubar, deixar de pagar imposto e é descoberto, ninguém o perdoa, ou arquiva seu processo. É crime e tem que ser punido com todo o rigor da lei- cadeia, multa de 150% dobra o imposto devido.
Agora, se for um político o infrator, tudo pode ser relevado, relativizado, afinal ele foi eleito pelo povo e "todos os políticos são assim mesmo", falam. Inclusive ficam magoados se indiciados e processados.
O que está ocorrendo em nosso Estado, no Rio Grande, e em Brasília, no Senado, é um exemplo claro e atual.
A nossa Governadora, que inclusive levou o meu voto, não aceita ser réu em um processo judicial, a final de contas ela só utilizou o caixa dois da sua campanha para comprar uma casa de uma pessoa que possui o sobrenome de Laranja, declarando um valor muito inferior ao que ela realmente vale, entre outros crimes constantes da ação que nós, reles mortais não temos acesso, somente aos deputados foi concedido o direito a informação e publicidade.
Em Brasília, uma, entra várias denúncias contra o Presidente do Senado, foi de ter sonegado imposto de renda em decorrência da não declaração de uma casa. Argumento: "o meu contador se esqueceu de declarar".
É claro que como todos os outros políticos "descobertos" não haverá punição, como por exemplo o do "Castelão" (que construiu um castelo com dinheiro público e também se esqueceu de declarar). Minto! Dois políticos foram condenados: o Ibsen Pinheiro porque conseguiu impitimar o Collor e o Roberto Jefferson porque denunciou o mensalão(compra do Poder Legislativo pelo Poder Executivo cujo dinheiro era depositado em cuecas).
Mas o pior de tudo, ao meu ver, é que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal é que saem como malvados em todas as histórias. Eles investigam as pessoas por no mínimo dois anos, agem estritamente dentro da lei e são execrados pela sociedade e pelo Poder Judiciário. Dizem: "Ditadura policialesca!"
Mas eu já cansei de acreditar, desde que o mundo é mundo a vida é assim, um trabalha e o outro rouba.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato. E então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome: Auto-estima.

Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades. Hoje sei que isso é Autenticidade.

Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento. Hoje chamo isso de Amadurecimento.

Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo. Hoje sei que o nome disso é Respeito.

Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável: Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo. Hoje sei que se chama Amor-próprio.

Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é Simplicidade.

Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas vezes menos. Hoje descobri a Humildade.

Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é Plenitude.

Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada. Tudo isso é Saber viver!!!

(Charles Chaplin)

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

OAB/RS

OAB/RS

MÊS DO ADVOGADO

Evento do dia 04 de agosto de 2009
Sede - Rua Washington Luiz, 1110, auditorio do 2º andar


Organização:

CEJA - COMISSÃO ESPECIAL DO JOVEM ADVOGADO

CEDC - COMISSÃO ESPECIAL DE DIREITO DO CONSUMIDOR

CDA - COMISSÃO DE DIREITO AMBIENTAL

Direito do Consumidor e Direito Ambiental: Defesa Administrativa e Defesa Judicial.

14 horas: Direito do Consumidor e Direito Ambiental – Áreas de atuação no atual mercado. Oportunidades para os advogados em início de carreira.

Componentes da mesa:

Fernanda Alfonsin – Comissão Especial do Jovem Advogado

Teresa Cristina Fernandes Moesch – Presidente da Comissão Especial do Direito do Consumidor

Ricardo Barbosa Alfonsin – Presidente da Comissão de Direito Ambiental

15 horas: Direito do Consumidor e Direito Ambiental – Defesa Administrativa

Painelistas:

Loriley de Ávila Pilla Seabra Domingues - Coordenadora Substituta do PROCON Estadual/RS

Omar Ferri Júnior – Coordenador do PROCON Municipal/Porto Alegre

Paulo Regis Rosa da Silva – Chefe da Assessoria Jurídica da FEPAM/RS

16 horas: Direito do Consumidor e Direito Ambiental – Defesa em juízo

Painelistas:

Bruno Miragem – Advogado e Professor Universitário.

Cláudio Bonatto – Advogado, Procurador de Justiça Aposentado e Professor.

Giovani Conti – Juiz de Direito.

Francisco José Moesch – Desembargador do TJRS e Professor Titular da PUCRS.

sábado, 1 de agosto de 2009

Saudades de Madri - CAP II

Chegando no hotel no Rio, ligamos para dois amigos que moram lá para vermos o que estavam fazendo e se estavam a fim de jantar conosco. Mas nenhuns dos dois podiam. Como o jantar no hotel era grátis, por conta da companhia aérea, preferimos jantar no hotel mesmo e descansar, porque a nossa viajem estava só começando.
Mandamos o e-mail avisando a Carol do nosso atraso de um dia e fomos dormir.
Acordei as seis da manhã com o celular tocando. Era a Carol, direto de Casa Blanca, dizendo que o Marrocos era um lixo, tudo sujo, que as mulheres não podiam fazer nada, que isso e aquilo.
-Mano, nós não vamos mais pro Marrocos. Vamos descer em Madri, alugar um carro e conhecer as redondezas. Vai agora em uma livraria e compra um guia da Espanha, já que do Marrocos eu não havia achado em lugar nenhum. Talvez porque não seja um lugar a ser visitado...-Fernanda
-Vou esperar amanhecer e vou. Mas tu acha que vamos conseguir mudar a passagem?-Mano
-Claro.- Fernanda
Liguei pro meu pai pra pedir umas dicas da Espanha.
Tomamos café da manhã, compramos o guia, mandamos um e-mail pra Carol que não era mais pra ela nos esperar porque não iríamos mais pro Marrocos.
Fomos dar uma caminhada por Copacabana, passamos na farmácia pra comprar as últimas coisas que faltaram, almoço na beira da praia. Um primo segundo meu, Gustavo, foi nos apresentar a namorada que estava grávida, arrumamos as malas e fomos pro aeroporto.
Chegando lá:
-Boa tarde, queremos descer em Madri.-Fernanda
-Vocês não podem descer em Madri porque vocês compraram uma passagem de ponta a ponta, ou seja, Porto Alegre/Casa Blanca. - Funcionária
-Mas tanto pode que estamos no Rio de Janeiro.- Fernanda
-Mas vocês só estão no Rio de Janeiro por causa de um imprevisto. - Funcionária
-Mas é por causa de um imprevisto que nos não queremos mais ir por Marrocos- Fernanda
-Mas não tem jeito. Vocês compraram uma passagem pro Marrocos e é pra lá que vocês tem que ir.
-Eu te falei. Vamos pro Marrocos.- Mano, meu namorado.
-Mas agora a Carol não vai mais estar lá. Mandamos o e-mail pra ela ontem avisando que não iríamos mais...-Fernanda
-Paciência.- Mano
-Marrocos lá vamos nós II...- Fernanda
-Vocês não podem nos dar um upgrade para a classe executiva por todos estes transtornos? – Fernanda advogada
-Não. - Funcionária